terça-feira, 23 de agosto de 2011

Poema - Alma perdida

Atividade em sala, continuação do poema de Florbela Espanca.

Professor: Luciano Azevedo
Escola Técnica estadual Professor Agamemnon Magalhães - ETEPAM
Aluna: Bárbara Lúcia

 Alma perdida

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente…
Talvez sejas a alma, a alma doente
D’alguém que quis amar e nunca amou!
Florbela Espanca

Continuação...

Lembrando dos momentos que sempre sorriu

E nada pôde fazer, apenas enlouquecer
ao que nunca pode dizer e sempre sentiu...


Todavia não posso ocultar e desfazer;
O que sou, sinto e pratico.
Por que seria tentar esconder, o impossível de não demonstrar e dizer!
BLOS

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente…
Talvez sejas a alma, a alma doente
D’alguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste… e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh’alma
Que chorasse perdida em tua voz!…

Florbela Espanca


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