quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Soneto - O amanhã




 O amanhã




Depende de nós se tudo continuar em pé
 Se em cada manhã o sol vier a raiar,
E que no amanhecer de um homem a alegria possa estar,
E que esses males não voltem com a força de uma maré.

Do tempo que nos foi dado
Estou cansado de alertar,
Pois de tanta ambição ai de um dia,  a tristeza virá,
Neste todo prazer nada foi recompensado.

D’alma já não resta mais a fé.
Não nascerá em cada semente o fruto,
Não haverá espigas e plantações de café.

Depende de nós se o recomeço de tudo
Seja homem ou mulher,
Que pudesse refazer este mundo.

Autores: Bárbara Lúcia e Thalles Enrick

domingo, 11 de setembro de 2011

11/09/01

Eu só tinha cinco anos, não lembro, Graças a Deus, deste momento triste e marcante.
Lembro-me das reportagens posteriores, das famílias que perderam os parentes, das pessoas que sobreviveram, dos destroços...
Fico imaginando, depois de uma década, de como as pessoas se encontrariam atualmente, como seria se nada disso tivesse ocorrido.
Bom, acho que como eu nenhum de nós somos dignos para imaginar isto, não podemos nos incumbir aos segredos de Deus. Ele nos deu o que nos torna mais dignos do que somos: A liberdade, a questão é se cada um de nós souber usá-la com sabedoria. Peço ao meu querido Jesus que tenha compaixão e dê conforto as pessoas que sofrem pelos que já se foram e que guarde as mesmas em um lugar merecedor pelo que sofreram.
Infelizmente não podemos nos esquecer deste 11 de setembro e até seria indigno se fizéssemos isto, pois estas pessoas não morreram em vão. Mesmo não as conhecendo sei, que cada uma teve o seu momento exato e sua missão aqui na terra, como cada um de nós temos. Que Deus tenha misericórdia de todos, não dos que procuram a paz, o amor e nem o nosso Deus, mas para aqueles que ainda não acordaram, que continuam no sono profundo, que não tem amor no coração e que acham que estes gestos maldosos, os levarão a Glória, ironicamente muitos pensam assim.
Mas tenho certeza que pagarão pelo que fizeram, só não cabe a nós fazê-los pagar.

Rezo neste momento uma Ave-maria por todas as Almas, pois dez anos que se passaram creio que foram 10 dias a todos que sofreram com os atentos de 11 de setembro de 2001. Não deixo este caso como particular, pois existem casos horríveis de chacina, mas este dia já esta marcado, pelas quase 3.000 mortes. Que nunca serão esquecidas!


By: Bárbara Lúcia



Poemas: Recordações"Blos" e A fada das crianças "Fernando Pêssoa"

RECORDAÇÕES


Hoje encontrei
Esta mensagem muito bela
Em que me encantei

E a cada instante
Me vem a imaginar
Das lindas palavras
Que me fazem repousar

Fico regozijando e clamando
Lembrando dos momentos que passei
Quando me vinha na infância
O que é ser feliz
BLOS



 A Fada das Crianças
Do seu longínquo reino cor-de-rosa,
Voando pela noite silenciosa,
A fada das crianças vem, luzindo.
Papoulas a coroam, e, cobrindo
Seu corpo todo, a tornam misteriosa.

À criança que dorme chega leve,
E, pondo-lhe na fronte a mão de neve,
Os seus cabelos de ouro acaricia-
E sonhos lindos, como ninguém teve,
A sentir a criança principia.

E todos os brinquedos se transformam
Em coisas vivas, e um cortejo formam:
Cavalos e soldados e bonecas,
Ursos e pretos, que vêm, vão e tornam,
E palhaços que tocam em rabecas...

E há figuras pequenas e engraçadas
Que brincam e dão saltos e passadas...
Mas vem o dia, e, leve e graciosa,
Pé ante pé, volta a melhor das fadas
Ao seu longínquo reino cor-de-rosa.

(Fernando Pessoa, Poesias Inéditas)

"Bom, neste instante encontrei este poema de Fernando Pessoa no blog sininho nas asas do sonho, por este endereço: http://sininhonasasasdosonho.blogspot.com/
Em que, aproveitei e pus o meu... pudemos dizer, acho que poema. ´Sei lá', nunca tive criatividade para isto, acho que as fadinhas deixaram escapulir um pouquinho de seu pozinho mágico. 'Hihi'. Então, Compus 'RECORDAÇÕES', primeiro e único.

By: Bárbara Lúcia

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Gratidão - Wallace Rodrigues

Gratidão

Uma linda mensagem para a gente refletir!
Gratidão:
O homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e apertou o narizinho contra o vidro da vitrine.
Os olhos da cor do céu brilharam quando ela viu determinado objeto.
Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. É para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito?
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: Quanto dinheiro você tem?
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: Isto dá, não dá?
Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa.
Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É seu aniversário e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos olhos dela.
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
Tome, leve com cuidado.
Ela saiu feliz, saltitando rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e longos e maravilhosos olhos azuis, adentrou a loja.
Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e perguntou:
Este colar foi comprado aqui?
Sim, senhora.
E quanto custou?
Ah... Falou o homem, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.
A moça continuou: Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo: Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo o que tinha.
O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens, enquanto suas mãos tomavam o embrulho e ela retornava ao lar, emocionada.
Moral:
Verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições. Gratidão de quem ama não coloca limites para os gestos de ternura.
E gratidão é sempre manifestação dos Espíritos que têm riqueza de emoções e altruísmo.
Seja sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém.
A gratidão é dever que não aquece apenas quem a recebe, mas também reconforta quem a oferece.

By: Bárbara Lúcia

(Obs.: Trecho extraído de: O colar de turquesas azuis, do livro Remotos cânticos de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O Clarim.)