domingo, 19 de fevereiro de 2012

Antoine Laurent Lavoisier - ETEPAM



Biografia

Químico francês, nasceu em 26 de agosto de 1743. Filho de um rico negociante, em que teve ótima educação estudou no colégio Mazarin, onde se tornou aluno brilhante “Gênio versátil” e ingressou na universidade formando-se em Direito em 1764, iniciando-se depois em matemática e astronomia, química e física experimental. A essa formação acrescentaram-se estudos de botânica e geologia concluídos também em 1764; Nunca exerceu a função de advogado, mas se estabilizou pelas ciências. Diz-se que seguiu este área por que aos cinco anos de idade sua mãe faleceu, assim morando com a avó, em que recebia frequentes visitas do geólogo Jean-Etienne Guettard,considerado um dos fundadores da geologia moderna. Aprimorando o interesse quando assistia á cursos de matemáticos de grande prestígio na época. Em 1765 ingressava na Académie des Sciences (Academia Real das Ciências) esta o havia distinguido com um prêmio (1766) por seu trabalho "Mémoire sur le meilleur système d'éclairage de Paris" (Relatório sobre o melhor sistema de iluminação de Paris).Lavoisier chegou até a apresentar um esquema em desenho detalhado das iluminarias,com isso agraciado com o segundo lugar.Lavoisier dedicou-se a uma variedade de serviços sociais e científicos.Em 1768 associou-se à Ferme Générale, uma organização de financistas que,através de um convênio com o governo, o direito de coletar exercia impostos relativos a um grande número de produtos comerciais. A cobrança de impostos era altamente repressiva, pois a nobreza e o clero estavam isentos de impostos. Estes eram pagos por aqueles que não eram nem da nobreza nem do clero, ou seja, os que pertenciam às classes sociais inferiores. Esse sistema não era só opressivo, era também corrupto e cheio de trapaças. A ligação de Lavoisier com a Ferme Générale e seu envolvimento com o governo monárquico eram malvistos pela população e não passaram despercebidos no clima conturbado da França pré-revolucionária. Contudo ele tinha alegado que só teria entrado nesta associação de financistas para conseguir recursos financeiros e dar partida e desenvolvimento nas suas pesquisas, assim montou seu laboratório com os melhores equipamentos disponíveis na época. Em 16 de Dezembro de 1771, Lavoisier casou-se com uma jovem aristocrata, de nome Marie-Anne Pierrette Paulze. Filha de Jacques Paulze também membro da ferme générale.Não tiveram filhos mas a sua mulher tornou-se um dos seus mais importantes colaboradores, não só devido ao seu conhecimento de línguas (em particular o inglês e o latim), mas também pela sua capacidade de ilustradora. Marie-Anne foi responsável pela tradução, para francês, de obras científicas escritas em inglês e em latim, fazendo ilustrações de algumas das experiências mais significativas feitas por Lavoisier.

Assumiu cargos públicos importantes e deu sua contribuição a sociedade.Em 1778 foi nomeado regisseur des poudres(diretor de Arsenal) e acabou com a exploração do rei de roubo de matéria-prima para pólvora,melhorando a qualidade de pólvora francesa. Em 1779 tornou-se coletor de impostos e foi nomeado inspetor-geral das pólvoras e salitres, ao mesmo tempo em que se dedicava a algumas de suas experiências químicas mais notáveis. Membro da comissão de agricultura, de 1785 a 1787 (elegendo-se deputado pela assembléia provincial de Orléans), aplicou-se ao estudo dos problemas de economia e da química agrícolas e em 1789 defendeu a liberdade de imprensa e os direitos de cidadão sendo a favor da REVOLUÇÃO FRANCESA. Era eleito deputado suplente aos Estados Gerais, integrando, no ano seguinte, a comissão para o estabelecimento do novo sistema de pesos e medidas. Logo após em 1791 foi secretário do tesouro, defendendo o plano de recolhimento dos impostos, apresentando em seu tratado De la richesse terriotoriale du royaume de France (sobre a riqueza territorial do reino da França). Em medida que a revolução tomava a feição das facções que disputavam o poder, seu prestígio entrou em queda, agravada pela sua manifesta inclinação pela monarquia. Em 1793, no chamado Período do Terror, em que a Convenção persegue os coletores de impostos e fecha as academias de ciências, consideradas reacionárias e A ligação de Lavoisier com a Ferme Générale ,além de seus envolvimentos com o governo monárquico eram muito malvistos pela população e não passaram despercebidos no clima conturbado da França pré-revolucionária. Todos os benefícios prestados ao Estado, entretanto, diluíram-se no caos da Revolução. Os membros da Ferme Générale estavam entre os primeiros da lista de "inimigos do povo" Lavoisier Foi preso e acusado de desvio de dinheiro público (peculato). E Marat - que fora recusado por Lavoisier na eleição para a Academia de Ciências - vingava-se dissolvendo as sociedades científicas. Os cientistas de toda a Europa, temendo pela vida de Lavoisier, enviaram uma petição aos juízes para que o poupassem em respeito a seu valor científico. Coffinhal, presidente do tribunal, recusou o pedido com uma frase que se tornou famosa "A FRANÇA NÃO PRECISA DE CIENTISTAS". Julgado e considerado culpado, foi guilhotinado na tarde de 08 de maio de 1794. Comenta-se que, no dia seguinte, o famoso matemático Joseph Louis Lagrange teria dito:


Etapas históricas

Na antiguidade, a água era considerada um elemento, não uma substância. Essa ideia perdurou até o século XVIII, quando Lavoisier conseguiu demonstrar que, na realidade, a água era um composto químico constituído de dois elementos, combinados em proporções fixas.
Se o termo "química" evoca imediatamente os conceitos de átomo, molécula, reações que conduzem à formação de novas substâncias ou à decomposição daquelas já conhecidas, no final do século XVIII surgiria imagens bem diferentes e bem mais vagas. Recém afastada da alquimia, a química herdada dela muitas das características, como a nomenclatura e métodos de pesquisa.
Um problema que fascinava os pesquisadores da época era a entidade que participaria das reações de combustão. Invocava-se uma substância hipotética – o flogístico - para explicar muitas reações químicas cujo mecanismo não era ainda claro. Apesar de sua constante citação e da alta responsabilidade que lhe atribuía, ninguém conseguiu isolar essa entidade despida de todo caráter científico.
Grande número de experiências vinha sendo realizado por muitos investigadores e já se tinham acumulado suficientes conhecimentos para permitir a descoberta das leis fundamentais da química. Era preciso submeter essas pesquisas a um novo método de investigação e a um rigor científico até então desprezado.
Já ninguém tinha dúvidas quanto à utilização da experimentação no estabelecimento das verdades científicas. O ensino dividia-se em duas partes: na primeira, o professor ensinava teoria, explicando o que parecia a verdade científica; depois, a experimentação comprovava a verdade estabelecida.
Quando Lavoisier iniciou seus estudos na universidade, esse esquema já era amplamente difundido. De um lado, o professor; do outro, o "demonstrador", já que o mestre não se rebaixava a fazer o trabalho humilde da demonstração manual. Mas nem sempre o resultado desse trabalho a quatro mãos era o esperado.
No Jardin des Plantes, onde eram ministradas as lições de química, o professor era um certo Boudelaine e o demonstrador - que mais tarde se tornaria amigo de Lavoisier - chamava-se Rouelle. Um público atualizado e elegante acorria ao Jardim para apreciar a extrema habilidade de Rouelle. Era muito refinado seguir as experiências das novas ciências para comentá-las nos sofisticados saraus de grã-finos. Numa das lições a que Lavoisier e a nobreza compareceram, todas as afirmações do professor viram-se demolidas imediatamente pelas experiências de Rouelle, para maior entusiasmo do auditório, que detestava o ensinamento teórico.

Contexto histórico

No século XVIII, a química encontrava-se em plena transição para o quantitativo. Ao mesmo tempo, o grande número de novas descobertas exigia uma nomenclatura funcional e generalizada. Um sistema prático de notação tornou-se, portanto, fator essencial para seu progresso. Era comum, na época, o emprego de nomes estranhos e complicados, como "algarote", "manteiga de arsênico", "água fagedênica", "óleo de tártaro por desfalecimento", "flores de zinco", cuja única função parecia ser confundir os químicos.
Lavoisier foi um dos primeiros a chamar a atenção para o problema. "É necessário grande hábito e muita memória para nos lembrarmos das substâncias que os nomes exprimem e, sobretudo para reconhecer a que gênero de combinações pertence", escreveu no Tratado Elementar de Química.
Em 1787, Lavoisier, juntamente com outros químicos como Berthollet, Fourcroy e Guyton de Morveau, iniciou o trabalho de elaboração de uma nomenclatura mais racional.
No começo do século XIX, Lavoisier demonstrara a importância de leis químicas quantitativas, enunciando seu princípio da conservação de massa. Foi nessa ocasião que os físicos começaram a se interessar pelo estudo do calor e a tratá-lo como uma forma de energia.

 
Contribuições científicas

Em reações químicas ordinárias, a conversão de massa em energia é tão pequena que não é significativa. Assim, em sentido restrito, a lei que rege as reações químicas diz respeito apenas à matéria que nelas intervém: é a LEI DA CONSERVAÇÃO DA MASSA estabelecido por Lavoisier: durante o processo químico, há somente a transformação das substâncias reagentes em outras substâncias, sem que haja perda nem ganho de matéria. Todos os átomos das substâncias reagentes devem ser encontrados, embora combinados de outra forma, nas moléculas dos produtos. Outra condição: a conservação da carga elétrica. A carga total dos produtos deve ser igual à carga total dos reagentes.
No final do século XVIII, Lavoisier concluía que a quantidade de calor necessária para decompor uma substância é igual àquela liberada durante sua formação. Iniciava-se, dessa maneira, novo capítulo da físico-química, que estuda os calores de reação e fenômenos com eles relacionados.
Oxigênio
Lavoisier descobriu sua função na respiração, nas oxidações, nas reações químicas e foi também quem propôs o seu atual nome. Indicou o oxigênio como um dos constituintes do ar. Em 1781, ele o indica como o responsável pelo processo de combustão e da respiração.
Por volta de 1774, o químico francês realizava experiências sobre a combustão e a calcinação de substâncias. E observava que, dessas reações, sempre resultavam óxidos cujo peso era maior que o das substâncias originalmente usadas. Informado sobre as características do gás que ativava a queima de outras substâncias, passou a fazer experiências com o mesmo e acabou por deduzir que a combustão e a calcinação nada mais eram que o resultado da combinação do gás com as outras substâncias. E que o peso aumentado dos compostos resultantes correspondia ao peso da substância inicialmente empregada, mais o do gás a ela incorporado através da reação.
Dessa constatação, Lavoisier extraiu o seu princípio, hoje muito conhecido: "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" e deu ao elemento o nome de oxigênio, ou seja, gerador de ácidos.
O sentido mais comum de combustão é o da queima de uma substância com desenvolvimento de luz e calor. Antes de Lavoisier, a mais satisfatória explicação sobre a natureza dos fenômenos de combustão foi dada pela teoria do flogístico, estabelecida em 1697 pelo químico alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734). Segundo essa teoria, toda substância combustível possuiria dentro de si um constituinte invisível chamado flogístico, capaz de se desprender com produção de luz e deixando como resíduo a cinza. Quanto menor a quantidade de cinza deixada pelo combustível, tanto maior seria seu teor do fantasmagórico flogístico.O Flogístico é algo que se desprende do outro, um exemplo é a combustão do metal,aquilo que “sai” é o chamado Flogístico;O carvão era considerado o “cal do metal”.Assim Lavoisier constatou que não existia o chamado Flogístico ocorria apenas uma reação com o oxigênio, o chamado óxido(no exemplo citado acima, o metal seria Ácido Metálico).Estas pesquisas trouxeram grande impacto na concepção de elemento Químico.Poís se o Flogístico existisse,o elemento não estaria completo pela perda do mesmo.Interferindo nas análises experimentais.  Ele concluiu que era apenas uma teoria errônea de dedução, que consegue explicar uma constatação sem experimentos detalhados.
Conhecido desde o século XVI - era o "ar inflamável" obtido quando se jogava limalha de ferro sobre ácido sulfúrico - foi alvo de diversos estudos dos quais resultou seu nome. Em fins de 1700, o químico inglês Cavendish observou que da chama azul do gás pareciam se formar gotículas de água e Lavoisier, em 1783, se baseava nisso para sugerir o nome hidrogênio, do grego "gerador de água". Simplesmente, durante a combustão o hidrogênio se combina com oxigênio, dando água. Descobriu que a água é uma substância composta, formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio: o H2O. Essa descoberta foi muito importante para a época, pois, segundo a teoria de Tales de Mileto , que ainda era aceita, a água era um dos quatro elementos terrestres primordiais, a partir da qual outros materiais eram formados.

Nitrogênio
Azoto quer dizer "sem vida". Este nome, sugerido por Lavoisier, designava um novo elemento, até então conhecido como "ar mefítico". O ar mefítico havia sido descoberto em 1722, quando Priestley, queimando corpos em vasos fechados, verificou que, exaurido o oxigênio do ar, restava ainda um gás inerte junto ao gás carbônico. O gás recém-descoberto não ativava a combustão e não podia ser respirado; era, portanto, "alheio à vida".
Lavoisier não podia sequer imaginar que o elemento "sem vida" era um componente fundamental dos organismos vivos: achava-se presente nos aminoácidos. É também parte essencial no ciclo biológico das plantas, responsáveis, em última análise, pela sobrevivência dos seres vivos.
Como o azoto era componente dos nitratos, recebeu mais tarde o nome de nitrogênio (isto é, gerador de nitro). É um dos elementos mais difundidos, encontrado no ar em estado livre, na proporção de 78,03%, e combinado nos nitratos, como o salitre do Chile.

A maior parte das obras está dispersa nos vários periódicos científicos que se publicavam na época:
· 1787 - Método de Nomenclatura Química. Trabalho com que reformulou a terminologia química, com a colaboração de Louis B. Guyton de Morveau e Antoine F. Fourcroy;
· 1789 - Tratado Elementar de Química, no qual define e apresenta sob forma lógica suas novas ideias e a primeira lista de "substâncias simples" (luz, calor, oxigênio, azoto e hidrogênio);

TRABALHO REALIZADO POR:
Bárbara Lúcia; Taynara Aghata e Thalles Enrick.
2011, Escola Técnica Estadual Professor Agamemnon Magalhães - ETEPAM.
Com o intuito, por ser publicado neste blog: O acesso a vida e contribuição cientifica do Químico Lavoisier. Tendo aos leitores como fonte para o conhecimento dos mesmos e salientando a importância da participação deste Químico na sociedade, como o desencadear para novas ideias e conceitos.
E por fim, como "marca registrada": 
"Na natureza nada se perde, nada se cria. Tudo se transforma."



By Bárbara Lúcia